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Ele parece estar offline e irá receber suas mensagens quando conectar

“Sobe, janelinha, sobe!!” Fazia tempo que eu não desejava tanto isso. Aliás, fazia tempo que eu não policiava tanto minhas redes sociais. Depois da varredura completa que inclui orkut, google e facebook, solicitacões de informação a amigas próximas, finalmente consegui encontrar algo que me conectasse a você. E, desde então, meu messenger vive sempre “Disponível”, meu Facebook sempre aberto. Pra não perder o contato. Pra não perder mais nenhuma oportunidade.

Meu novo vício é descobrir o que você pensa, faz, gosta. Depois daquela noite, não há um dia que eu não me pergunte “O que está acontecendo comigo?”

Ai tu podes me perguntar: “Do que você está falando? Não aconteceu nada demais em nenhum dia, em nenhuma noite.” Ai é que está. Acho que se tivesse acontecido, eu não estaria escrevendo isso agora. Aliás, pra mim, aquela noite, aquela última noite, foi muito surpreendente. Eu não fui, nem de longe, a mulher determinada, ousada, que super toma todas as iniciativas, essa imagem aí que eu vendo no mercado a preço de banana. Sim, eu senti vontade de te beijar, mas minhas mãos suavam e eu não sabia exatamente o que fazer, o que dizer, eu só sentia uma coisa estranha que mais pareciam borboletas no estômago. A maioria das pessoas interpretam isso como sintomas de quem está apaixonada, mas eu sempre fico assim quando estou nervosa. Eu só não tinha porquê estar nervosa. Ou tinha? Sei lá, nosso papo era tão livre que não parecia ter a pretensão de causar essas reações. Mas causou. Eu me sentia perto e te contei coisas que não me lembro de ter conversado com outras pessoas. Assim, me senti vulnerável. Tive medo.

E a carona, o jantar...Desastrada, me atrapalhei com os molhos, me sujei toda. Eu tentava disfarçar e ao mesmo tempo pedia pra aquele momento acabar logo ou começar de outro jeito porque eu tava pra explodir. Mas também desejava que ele não acabasse. Afinal ele poderia ser a única lembrança dessa história toda.

Ainda bati a cabeça na árvore em frente ao prédio da minha amiga , distraidamente pensando em o quanto eu não me reconhecia ansiosa daquele jeito. Afinal, era só mais um garoto legal que eu conhecia numa dessas minhas muitas viagens. Será se é só isso mesmo? Sobram dúvidas, não tenho respostas.

Ainda bem que esse nervosismo todo passou. Mas restam as borboletas no estômago. Me faz bem saber sobre você. O que está acontecendo? Ainda me pergunto. Mas não busco mais respostas pra isso. Nossos papos no msn sempre me deixam sorrindo na frente do computador. E aquela história lá de que eu não gosto de webcam... é que realmente eu ficaria bem tímida em saber que você estaria aí do outro lado observando todas as minhas reações. Minha cara de boba denunciaria meu encantamento, muito embora eu já o tenha confessado em mais de uma oportunidade.

E foi bom saber que, em alguma medida, você se interessa por isso. Que o seu “até amanhã” é o compromisso de que sempre estaremos em contato. É bom saber que você está aí, do outro lado da tela. Mesmo sem saber o que tudo isso significa pra você, escolhi te dizer tudo que se passou e o que sinto, mas não pra te convencer de alguma coisa. Até porque ainda não descobri o que quero. Não tenho pressa. Acho que só queria que você soubesse.

É isso. Que seja doce.


Ele parece estar offline e vai receber suas mensagens quando conectar.

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